Para não falar de Isabela, Maníaco do parque.
O cenário é um parque ecológico, na cena um homem com uma moto aborda uma mulher e se apresenta como fotógrafo. A moça seduzida pela oferta sobe na garupa e o acompanha. O objetivo é fazer algumas fotos.
Num lugar mais isolado do parque o fotógrafo se revela como um psicopata e sem portar qualquer arma, estupra e mata a mulher. A cena se repete aproximadamente por nove vezes.
O que poderia ser ficção compreende-se em realidade e essa realidade é propagada exaustivamente pela mídia, que o batiza de maníaco do parque. O caso ganha dimensão, todos (o público) acompanham a captura dos corpos afoitos por um desfecho.
Os meios de comunicação pautados por um sensacionalismo barato disputam por uma entrevista exclusiva com Francisco – o maníaco do parque. Ganha a emissora que paga (desnecessário dizer qual a emissora que pagou) e sem grandes dificuldades a entrevista é colocada no ar. De um lado o criminoso doentio, do outro toda a mídia massiva, também doente. O jornalista instigando a curiosidade mórbida e sensacionalista do público pergunta: E se uma delas fosse sua filha. A resposta vem sem pausa: E se eu fosse seu filho.
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